domingo, 1 de maio de 2011

Especialistas recomendam: consumo de gorduras poli-insaturadas deve começar ainda na infância


Trocar a gordura saturada pela insaturada previne o colesterol alto e futuras doenças cardiovasculares na vida adulta.

Desde cedo, as crianças devem ser educadas a comer de maneira correta, pois os hábitos alimentares dos primeiros anos de vida podem refletir nas condições de saúde futuras. Porém, atualmente, é cada vez mais comum a incidência de colesterol alto entre os pequenos, fruto de uma dieta rica em calorias e em gorduras nocivas para a saúde cardiovascular.

— Sabe-se que o colesterol elevado não é exclusividade dos adultos e um dos principais causadores do problema é a alimentação rica em gorduras saturadas, encontradas principalmente em produtos de origem animal, como a carne vermelha e derivados de leite integral em geral: manteiga, queijos e requeijão — lembra o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni, diretor do Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMEN).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de gorduras saturadas na infância atualmente é 60% maior que o recomendado. Por outro lado, a ingestão das gorduras poli-insaturadas ômega 3 e 6 - as chamadas gorduras "boas", pois ajudam reduzir as taxas do colesterol total e "ruim", o LDL — é, em média, 40% menor do que o recomendado. As gorduras poliinsaturadas podem ser encontradas nos peixes, sementes oleaginosas e nos óleos vegetais e seus derivados, como creme vegetal e maionese.

— As crianças estão consumindo cada vez mais o tipo de gordura menos recomendado, em detrimento das gorduras poli-insaturadas, importantes para o crescimento e desenvolvimento da criança, além de prevenir doenças cardiovasculares na vida adulta — alerta Magnoni.

De acordo com a OMS, entre 5% e 8 % do total de calorias ingeridas deve ser proveniente do ômega 6 (ácido linoléico), e entre 1% a 2 % do ômega 3 (ácido alfa-linolênico).

— É fundamental que os pais forneçam para seus filhos a partir dos dois anos de idade alimentos ricos em gorduras essenciais, em detrimento daqueles que são fonte de gorduras saturadas. A simples substituição da manteiga ou do requeijão por margarina ou maionese, por exemplo, já é um passo importante para a saúde cardiovascular do indivíduo — orienta o médico.

Com informações de Bem-Estar.

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