quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Brasil e África do Sul trocam experiências sobre promoção turística, visando à realização dos grandes eventos esportivos em 2014 e 2016

O impacto da Copa de 2010 no turismo da África do Sul foi o tema do encontro realizado hoje (13), em São Paulo (SP), entre Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e a South African Tourism. O evento contou com a presença de representantes das secretarias de Turismo, Convention & Visitors Bureaux, membros do Conselho Nacional do Turismo, Confederação Brasileira de Futebol (CBF), além de operadoras de turismo e empresas aéreas.

O encontro foi iniciado pelo presidente da Embratur, Mário Moysés, que ressaltou o legado que a realização de grandes eventos esportivos proporcionarão ao País. “O Brasil precisa, desde já, ficar atento para as transformações que estão por vir. E temos muito que aprender com a África do Sul.” Mário levantou aspectos delicados da preparação, como a forma de lidar com a mídia internacional que, no início, colocava muitas dúvidas sobre a capacidade dos sul-africanos realizarem uma Copa. “O desafio foi enfrentado e os jogos aconteceram de forma profissional. E o povo sul-africano faz uma festa maravilhosa para receber o mundo”, disse.

Logo após, a CEO da South African Tourism, Thandiwe Sylvia January-McLean iniciou sua participação falando sobre o que a realização da Copa do Mundo na África do Sul representou para os africanos. “O Mundial serviu para que pudéssemos entender que nós podemos.” Thandiwe falou também sobre a superação de desafios e o trabalho realizado para construção de uma imagem, tanto para os estrangeiros, quanto para os próprios sul-africanos. “Em todo o trabalho de preparação, acreditamos que tivemos que dar o nosso melhor para receber os nossos visitantes e proporcionar a eles experiências únicas. Nosso país passou por uma transformação em infraestrutura, com a construção de novas estradas e aeroportos”, acrescentou Thandiwe.

McLean ressaltou que, do ponto de vista do turismo, a Copa de 2010 pode ser considerada um sucesso para o país: “Tivemos uma grande exposição de mídia, particularmente depois da Copa das Confederações. Isso permitiu que o mundo conhecesse mais do país, e não apenas de lugares já conhecidos, como a Cidade do Cabo”, avaliou.

Thandiwe citou Durban, Porto Elizabeth e Joanesburgo como destinos antes desconhecidos que tiveram uma grande visibilidade e que já colhem os frutos para o turismo. “Temos o grande trabalho agora de continuar a promover as opções turísticas do país e estender esse grande avanço para os próximos anos.”

Já o diretor de Eventos Globais da South African Tourism, Sugen Pillay, apresentou os passos que o órgão de turismo trilhou até a realização dos jogos. “Não foi fácil para a África do Sul superar as dificuldades e atender às expectativas que o compromisso de receber uma Copa exige”.

O país enfrentou diversos desafios para sediar uma Copa bem-sucedida. Os principais obstáculos foram hospedagem, garantia de segurança e de funcionamento do transporte público e qualificação da mão-de-obra. “Além disso, precisávamos apagar a imagem negativa que nosso país tinha, principalmente por causa de problemas como a Aids e a pobreza”, completou Sugen.

Para finalizar sua participação, o diretor de Eventos Globais falou sobre a continuação das ações de promoção da África do Sul como destino turístico no mundo. Sugen explicou que a campanha está baseada em três pilares: a diversidade cultural, a capacidade do país em receber grandes eventos e o conceito Ubuntu, uma ideologia que prioriza os relacionamentos humanos. “Queremos inserir a África do Sul como destino de esporte e aventura para o mundo.”

União de esforços

Na segunda parte do encontro, duas empresas falaram sobre suas experiências. O CEO da VWV Markering, Abey Mokgwatsane, responsável pela realização das cerimônias de abertura e encerramento, fanfests promovidas na Cidade do Cabo e Durban, detalhou o processo de organização de grandes eventos e ressaltou a importância da união de esforços para que os objetivos sejam alcançados. “Não medimos esforços para mostrar para o mundo o espírito da África do Sul durante os eventos. Tivemos mais de 1,5 mil pessoas trabalhando em cada um. Todos precisavam estar alinhados para que tudo acontecesse como o esperado.”

O evento foi encerrado pela participação do CEO da Merchants, Feku Makara, responsável pelo treinamento do receptivo dos turistas. Ele falou sobre a mobilização do país durante a realização do evento e as oportunidades geradas. “Tivemos muitos empregos formais gerados e, por isso, a África do Sul preparou ambientes especiais, nas empresas, para que as pessoas vivessem a copa nos escritórios. Nos fins de semana, pais que tinham de trabalhar na mobilização podiam levar os filhos”, finalizou.

Fonte: Mtur

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