sexta-feira, 8 de julho de 2011

Festa pra mais de mês


Junho passou, mas quem disse que festa junina tem prazo de validade? Durante todo o mês passado, festivais por todo o Ceará elegeram as 20 melhores quadrilhas do Estado. Hoje, elas se reúnem no XIII Festejo Ceará Junino para começar a final que elegerá a quadrilha campeã estadual. O festejo que é realizado desde 1999 e acontece, na Praça verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e segue até domingo (10).

O evento que nesses 13 anos sempre teve como foco as apresentações das quadrilhas, desta vez trará também o show de Ítalo e Reno para animar a abertura. Gilberto Rodriguez, membro do comitê gestor, conta que isso acontece pelo apoio de conjunto de algumas secretarias. “Além disso, foi o nome dos meninos foi uma indicação das próprias quadrilhas, por verem neles uma forte identificação com os festejos juninos”, explica.

Antes de a dupla subir ao palco, a banda Show Time começará animar a festança, com um repertório eclético. Logo em seguida, Ítalo e Reno, sem deixar o forró de lado, reúnem ritmos como jazz, frevo, chorinho e baião. Para shows dessa época do ano, os sanfoneiros preparam uma set list apropriada para a animação que toma de conta de todo mundo. É repertório que promete surpreender, misturando o tradicional forró ao arrasta-pé, o carimbó, o brega, passeando também pelo xote, o vaneirão e o pop sertanejo.

Quando do primeiro festejo, Gilberto conta que eram 40 quadrilhas que vinham à Fortaleza disputar o título. Com a política de editais do atual Governo, o número de grupos diminui, mas passaram a ser escolhidos em seletivas regionais. Os vencedores, que vêm de todas as regiões do Estado, disputam o título de melhor quadrilha oficial do Estado. Os cinco primeiros lugares receberão de R$ 6 mil a R$ 2 mil e os demais ganharão R$ 1 mil cada, independente de classificação.

Tradição

Este ano, participam quadrilhas como a Zé Testinha, de Fortaleza, a Cheiro de Perna, de Horizonte, campeão de 2010 e a única bicampeã, a Fulô do Sertão, de Senador Pompeu.

Segundo Gilberto, a disputa adota critérios para inovar e manter a tradição. “Nós apresentamos uma lista de 40 passos tradicionais, e elas devem apresentar pelo menos oito deles”, conta. Gilberto vê uma divisão nas quadrilhas entre as tradicionais, que ainda utilizam chitão, chileno de couro; as temáticas, que todos anos trabalham em cima de tema, como o cangaço ou pesca; e as estilizadas, que inovam em tecidos, música e passos. “Em outros estados do Nordeste, as estilizadas são maioria. Aqui, ainda vejo um equilíbrio. Muito pelos critérios de julgamento dos festivais que permitem inovações, mas ainda exigem alguma tradição”, explica.

Com informações do Jornal O Povo.

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